segunda-feira, 2 de abril de 2012

Ballet na gravidez

Saiu na revista Claudia Bebê de fevereiro: Dança, Mamãe.

Fazer aulas durante a gestação ajuda a manter o corpo em forma, a cabeça tranquila e a conexão com o bebê em alta.


Uma aula desenvolvida especialmente para grávidas acaba de chegar também na Royale Escola de Ballet. É um trabalho corporal específico, que ajuda a integrar todas as mudanças que acontecem na gravidez com a maternidade em si, desde o 1º mês. A futura mamãe vai passar por todas as fases da gravidez descobrindo seus novos limites, o equilíbrio que muda conforme a gravidade vai exercendo sua força, sua flexibilidade...

São movimentos aeróbicos que ativam o sistema cardiorrespiratório favorecendo a oxigenação e a circulação sanguinea. Mas os benefícios vão muito além: Melhoram as dores nas costas, alongam a musculatura, diminuem a fadiga respiratória, diminuem a ansiedade e trabalham o auto controle (condições fundamentais para a hora do parto), aumentam o tônus muscular e a disposição, além de dar um up na auto estima e colocar a mãe em equilíbrio com o bebê. E as aulas ainda promovem uma troca super interessante com outras mulheres que passam pelo mesmo momento.

Os limites para a prática da dança devem ser estabelecidos em harmonia com sensações, respeitando sempre o conforto e bem-estar. Todas as grávidas previamente liberadas pelo médico podem fazer as aulas, de 1 a 2 vezes por semana. As mamães que estiverem no terceiro trimestre só devem fazer as aulas se estiverem bem dispostas.



Segundo Farab Firdoz, uma dançarina de Bahrein na Arábia Saudita, a dança ainda era apresentada em sua forma original até os anos 50 nas partes menos ocidentalizadas de seu país, em volta da cama do parturiente, por um círculo de companheiras de sua tribo. Nesta forma ritualística, homens nunca eram convidados para assistir e nem sua entrada no quarto era permitida. O propósito dessa dança em especial era hipnotizar a mãe em trabalho de parto para que ela imitasse as outras mulheres com seu corpo e dessa forma reagisse melhor aos estímulos e contrações do útero, trabalhando a favor do nascimento do bebê não contra, concentrando-se na dor. Isto ajudava a mulher a se movimentar com as contrações e não se opôr a elas.

Há muito tempo ouvimos falar que a música faz bem pro bebê desde a gestação, pois o mesmo vale para a dança, que provoca o movimento e sintoniza os 2 corpos- da mamãe e do bebê.

Dançar antes de tudo é uma forma de exteriorizar o que sentimos, bom ou ruim. O movimento interioriza as sensações e devolve para o mundo de forma diferente através da música e dos desenhos que delineamos no ar quando nos movemos.

A mulher grávida dançando tem algo a mais, plena em feminilidade, ela é o próprio símbolo da natureza. 

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